sábado, 13 de junho de 2009

Trevo de Sabará - fotos





Trevo de Sabará


Estrada de Sabará. Não-lugares, São espaços sem identidade, que não causam nenhuma relação emocional ás pessoas. Espaços onde supõe-se que os indivíduos só interajam com textos tais como os das placas de sinalização AUGÉ pág 88 - sendo assim o espaço do viajante seria o arquétipo do não lugar.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

sábado, 6 de junho de 2009

Túnel



Grandes corredores também são Não-Lugares

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Epílogos



vídeo produzido pelo meu grupo uemguiano há uno atrás, ta mal acabado mas ta de boa!
cabe aqui no blog!

domingo, 24 de maio de 2009

os não-lugares


Mais um artigo sobre os não lugares...

Os não-lugares é um conceito proposto por Marc Augé, antropólogo francês, para designar um espaço de passagem incapaz de dar forma a qualquer tipo de identidade.

Para fundamentar este novo conceito, Marc Augé começa por discutir a capacidade da antropologia, tal como a conhecemos, em analisar e interpretar a sociedade actual.

Decide por isso construir a noção de sobremodernidade que se diferencia da pósmodernidade, na medida em que esta última é «concebida como a adição arbitrária de traços aleatórios» ao passo que a sobremodernidade releva de 3 figuras de excesso:
a) excesso de tempo por efeito da aceleração da história em que tudo se tornou acontecimento e que, por haver tantos acontecimento, já nada é acontecimento. Por isso, organizar o mundo a partir da categoria tempo deixou de fazer sentido.
b) Excesso de espaço por efeito da mobilidade de pessoas, bens, informações, imagens, o planeta se ter encolhido, e sentirmo-nos implicados em tudo, mesmo nos lugares mais remotos
c) Excesso de individualismo por efeito do enfraquecimento das referências colectivas, e porque as singularidades ( dos objectos, grupos) organizam cada vez mais a nossa relação com o mundo.


Auge define o lugar, enquanto espaço antropológico, como um espaço identitário, relacional e histórico.

O não-lugar será então um lugar que não é relacional, não é identitário e não histórico.

As auto-estradas, os aeroportos, as grande superfícies são exemplos de não-lugares.
Mas também «campos de refugiados, campos de trânsito, grandes espaços antes concebidos para a promoção do mundo operários e tornados insensivelmente o espaço residual onde se encontram os sem abrigo e sem emprego de origens diversas: por toda aparte espaços inqualificáveis, em termos de lugar, acolhem, em princípio provisoriamente, aqueles que as necessidades do emprego, do desemprego, da miséria, da guerra ou da intolerância constrangem à expatriação à urbanização do pobre ou ao encarceramento» ( Marc Auge, in Le Sens des Autres,1994, pgs 169


Os não-lugares são povoados de «viajantes» ou «passeantes» em trânsito. Viajam, solitários, nesses espaços de ninguém. São não-lugares livres de identidades.

No fundo, os não-lugares revelam uma nova forma de viver o mundo. Mas o retorno ao lugar pode ser o sonho dos que frequentam os não-lugares.

REtirado de  :Pimenta negra

sábado, 16 de maio de 2009

Explicando a frase: O não-lugar é o contrário da utopia: ele existe e não abriga nenhuma sociedade orgânica

O termo “não-lugar” se deriva da palavra “utopia”, usada pela primeira vez no século XVI pelo pensador político Thomas Morus1, unindo os elementos gregos óu (não) e tópus (lugar). Para Morus, a utopia (ou o não-lugar) significava a criação de uma ilha imaginária, fantasiosa, onde as relações sociais entre os seus habitantes eram perfeitas, além da tolerância religiosa e a abolição da propriedade privada. Assim, um lugar utópico, ou um não-lugar, nunca poderia existir já que ele representava uma irrealidade dentro da sociedade. Porém, para Augé (1994:102): “O não-lugar é o contrário da utopia: ele existe e não abriga nenhuma sociedade orgânica”.

o lugar x não-lugar

a principal característica do lugar é a identidade que o homem cria com ele. Ou seja, o lugar representa a construção física ou simbólica do espaço referido por todos aqueles que criam uma afetividade com esse lugar, dando a ele um sentido de pertencer ao mundo onde esse individuo vive. Além disso, o lugar é  ao mesmo tempo “princípio de sentido para aqueles que o habitam e princípio de inteligibilidade para quem o observa” (Augé, 1994:51).

O lugar se torna então um espaço específico para o indivíduo que mantém estreitos laços com o mesmo, ou seja, é único, assim como ressalta Rodrigues (1997:32): O lugar, como categoria filosófica, não trata de uma construção objetiva, mas de algo que só existe do ponto de vista do sujeito que o experiencia. É dotado de concretude porque é particular, único, opondo-se ao universal, de conteúdo abstrato, porque desprovido de essência. Além disso, é no lugar onde as relações sociais acontecem de forma positiva, ou seja, o lugar é o “espaço do acontecer solidário”. Essas solidariedades acabam formando os valores das sociedades tais como a cultura, economia, finanças, dentre outros e de que forma eles devem ser usados (Santos, 2005:253).
...
para Augé (1994:102): “O não-lugar é o contrário da utopia: ele existe e não abriga nenhuma sociedade orgânica”. Assim, o não-lugar se torna algo real, onde as relações humanas ocorrem, porém de uma forma diferente de um lugar propriamente dito. Augé (1994:73), define então, o conceito de não-lugar baseado na identidade do indivíduo com o espaço: “Se um lugar pode se definir como identitário, relacional e histórico, um espaço que não pode se definir nem como identitário, nem como relacional, nem como histórico definirá um não-lugar”. O não-lugar se caracteriza por um espaço constituído em relação a certos fins (tais como o comércio, transporte e o lazer) e pela relação que os indivíduos tem com esse espaço. Segundo Augé (1994:87): “Assim como os lugares antropológicos criam um social orgânico os nãolugares criam tensão solitária”.

O indivíduo, para usufruir dos não-lugares, deve primeiramente comprovar a sua identidade pessoal, para então, conseguir o seu anonimato. “O controle a priori ou a posteriori da identidade (do indivíduo) (...) coloca o espaço do consumo contemporâneo sob o signo do não-lugar: só se tem acesso a ele se inocente”. (Augé, 1994:93-94). Nos não-lugares todas as pessoas são anônimas e não possuem relações orgânicas entre si. O homem se torna então, um ser solitário, sem identidade com o não-lugar, pois ele não é um ser único, mas sim, apenas mais um no espaço.
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Os não-lugares da modernidade, segundo Augé (1994:85), passam a ser lugares onde as pessoas têm o seu comportamento padronizado por ordens criadas nas palavras, sinais ou imagens tais como “pegar a fila”, “é proibido fumar” ou “bem vindo”. Lugares que servem como meio para nossos fins (dependemos das rodovias e dos aeroportos para chegarmos em um determinado destino), ou como ele os denomina: locais de passagem.

DA SUPERMODERNIDADE À SUPERABUNDÂNCIA


Segundo Marc Augé*, a superabundância factual se dá a partir da aceleração da história. Essa aceleração não é simplesmente temporal, no sentido de que os fatos aconteçam mais rápidos, mas é, além disso, a rapidez em que esses fatos são divulgados. A ocorrência de fatos históricos ou até mesmo do cotidiano é descoberta/sabida/entendida pela sociedade quase que silmultâneamente ao acontecimento propriamente dito. Logo, os acontecimentos que antes só eram “conhecidos” pela população diretamente ligada a ele ou então, depois de certo tempo por sociedades mais distantes, quando o mesmo era “catalogado” e/ou divulgado, hoje, se propaga na mesma velocidade em que acontece. Assim, unidades de tempo que existiam separadamente (tempo do acontecimento + tempo do entendimento + tempo de divulgação), na chamada supermodernidade se agrupam e se multiplicam. Pense que: o tempo que nos separa das “notícias do mundo” é o tempo que levamos para ligar o computador (ou até mesmo o celular!); a distância entre duas cidades se torna cada vez mais imperceptível, isso porque, a velocidade em que percorremos o trajeto anula a percepção da estrada em si.

O acesso físico ou virtual cada vez mais veloz e fácil torna o “mundo” cada vez menor, isso é, mais fácil de ser visitado, conhecido ou simplesmente reconhecido. Assim, tem-se a superabundância espacial. Porém, vale ressaltar que essa multiplicação de espaços se dá, muitas vezes, virtualmente, ou seja, é ilusória. Os “atuais” meios de comunicação, como internet, até mesmo a próprio telefone e a “indispensável” televisão, fazem a conexão entre espaços diversos e os seus usuários e possibilitam um falso [re]conhecimento de lugares nunca visitados realmente.

É nessa ilusão de abundâncias virtuais que o habitante da supermodernidade se encontra cada vez mais isolado e mais comum. Convive-se cada vez mais com “aparelhos eletrônicos” e cada vez menos com outras pessoas, buscando sempre uma identidade própria, um diferencial entre os demais.

A
experiência de cidade do habitante da chamada supermodernidade se dá, na maioria das vezes, de forma pouco participativa. Porém, toda e qualquer participação é o que dá vida à cidade. É na relação entre o homem, o seu próximo e o meio em que vivem que a cidade em si se “transforma” ou se define como paisagens. Essas paisagens sofrem influências diversas – influência do tempo, do lugar, da política, dos interesses e principalmente do repertório de outras experiências do usuário da cidade. Cada paisagem urbana** é única. Tem sua singularidade. O habitante interage com a cidade através do seu olhar, da sua perspectiva, formando, adaptando e ou [re]organizando paisagens. As paisagens são sinais visíveis daquilo que se foi, daquilo que se é e daquilo que poderá ser.

No espaço da supermodernidade, onde a multiplicação de fatores (tempo, espaço) está mais evidente, as paisagens nunca são partes de uma totalidade já acabada. Elas são recortes de um todo – a cidade – em constante mutação. E é o
excesso de informação, de interesses, de olhares, de códigos, de linguagens, de usuários, de lugares que determinam a superabundância das paisagens. As paisagens superabundantes se expandem em outras paisagens, gerando mais ou menos memórias, relações e imagens para a cidade

Resumindo...


Não-lugares 

Uma parte crescente das nossas vidas é passada em supermercados, aeroportos, hotéis, auto-estradas, frente à televisão, computadores ou máquinas multibanco. Esta invasão de lugares descaracterizados a que Marc Augé chama "non-places" tem como resultado uma alteração profunda da consciência: o entendimento torna-se parcial e, de alguma forma, incoerente. Marc Augé usa o conceito de supermodernidade para explicar a lógica deste fenómeno próprio das sociedades de consumo contemporâneas. Essa lógica prende-se com o excesso de informação e com o excesso de espaço. Começando por tentar distinguir e distanciar a antropologia da História, Augé traça as distinções entre os lugares com identidade e história e os "non-places", lugares em que os indivíduos se conectam uniformemente e onde nenhuma vida social orgânica é possível. Ao contrário do conceito de modernidade de Baudelaire em que o velho e o novo interagem livremente, este conceito de supermodernidade apresenta-se com uma imensa carga de contenção. Os lugares contemporâneos são apresentado sem "espessura", como se tudo se tratasse de postais ilustrados ou publicitários. Augé alerta para a cada vez maior existência de "non-places", fazendo com que as nossas vidas pareçam estar em permanente trânsito, provocando uma nova forma de solidão, sem dúvida, um novo objecto antropológico.


Retirado de : http://antesdetempo.blogspot.com

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cartografias rua Oiapoque

mais um vídeo vídeo produzido no ccnm - local onde estagío - não foi eu quem fez, mas de certa forma tem a ver com meu projeto.

Cartografias rua da Bahia

mais um vídeo vídeo produzido no ccnm - local onde estagío - não foi eu quem fez, mas de certa forma tem a ver com meu projeto.

Cartografias rua Tupis

vídeo produzido no ccnm - local onde estagío - não foi eu quem fez, mas de certa forma tem a ver com meu projeto.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Fast food: espaço símbolo da supermodernidade

Entrevista com José Ângelo Wenceslau Góes

“As condições geradas pela vida cotidiana, implicam a relação do sujeito com as experiências de tempo/espaço e diversidade, características deste meio, que se refletem no modo de comer e de se relacionar com a alimentação, povoando alterações no padrão alimentar. O curto período de tempo que as pessoas têm para comer transforma-as num dos traços visíveis da caracterização do modo de comer atual, principalmente nos centros urbanos, com abreviamento do ritual alimentar em suas diferentes fases, da preparação ao consumo”. Essa afirmação é de José Ângelo Wenceslau Góes, professor no Departamento de Ciências dos Alimentos da Universidade Federal da Bahia, em entrevista concedida por e-mail à revista IHU On-Line. Graduado em Nutrição pela UFBA, José Ângelo é mestre em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras, e doutor em Saúde Pública pela UFBA, tendo sua tese o título Mudanças de hábitos alimentares e saúde: um estudo em Fast food.


...

O fast food como característica da modernidade


O sistema industrial de alimentos desde os anos 1970 se impõe como o regime alimentar predominante no Brasil. Rosa Wanda Diez Garcia, nutricionista, avalia que fast food é “uma resposta do mercado ‘capitalista’ que diz respeito a oferecer comida + tempo e ‘familiaridade’ global”. Analisa ainda que “as condições geradas pelo modo de vida urbano implicam a relação do sujeito com as experiências diferenciadas de tempo/espaço e com a diversidade, características deste meio, que se refletem no modo de comer e de se relacionar com a alimentação, provocando alterações no padrão alimentar”. O setor de alimentação fast food passa a caracterizar a modernidade, pois o ato de comer ganha, a partir dele, funcionalidade e mobilidade, não se identificando mais com o território, pois se adapta às circunstâncias que a mundialidade impõe. As empresas nacionais de fast food também não se importam mais com os antigos costumes alimentares nacionais, não há mais oposição nacional-internacional no setor dos alimentos, eles se misturam formando um todo mundial. As pessoas realmente aderiram a esse novo estilo de comer, sem oferecer resistência ao “comer formatado” com o fast food, sendo um espaço símbolo da supermodernidade. Ao se observar a realidade brasileira, percebe-se maior adesão ao consumo de alimentos prontos ou semiprontos, em detrimento da chamada “comida caseira”. É assim que os fast food se disseminaram e hoje fazem parte dos nossos hábitos de alimentação. Fazer refeições fora de casa, comer em pé rapidamente, abandonar o “arroz com feijão” e adotar o hambúrguer eram hábitos inconcebíveis para o brasileiro, porém esta nova realidade se instalou no País.

artigo completo: amaivos


sábado, 2 de maio de 2009

Como desenhar esboços para seus projetos de forma rápida

em espanhol o.O


Por todos es bien sabido que la mayoría de programadores saben nada o poco de diseño, y a veces eso representa un retraso a la hora de realizar un proyecto pues el programador no sabe explicar bien cómo quiere un proyecto o el diseñador sencillamente no comprende el concepto.


Y para ello existe el papel y el lápiz en donde podemos dibujar mockups o wireframes para expresar cómo quisiéramos el diseño de un sitio web o una aplicación, pero que mejor que hacerlo con una herramienta ideada para éste propósito, Balsami Mockups, la cual he estado probando y me sorprendió gratamente por la facilidad de uso y por lo práctica que resulta para hacer un boceto en unos pocos minutos.

La aplicación
La interfaz de la aplicación es muy sencilla, tenemos una barra de herramientas superior en donde están clasificados los elementos a utilizar, y hay de todo.

Podemos agregar, controles de reproducción de sonidos, ventanas de navegador, listas de texto, barras de herramientas, una nube de tags, simulación de gráficas y hasta un dibujo aparentando al Coverflow de iTunes.

Todos los elementos son dibujados pues la idea es realizar un boceto (esboço) de la manera más sencilla y como que fuera hecho en papel para que lo que llame la atención sea la distribución de los elementos y el aspecto general, pues el color y lo llamativo será tarea del diseñador y su creatividad.

Los bocetos (esboços) que se realizan se pueden compartir, exportándolos como archivos XML, con otras personas que tienen la aplicación y de esa forma se pueden ir haciendo revisiones y anotaciones al proceso.


retidado de: maestrosdelweb

o Turismo e o não-lugar

A indústria do turismo transforma tudo o que toca em artificial, cria um mundo fictício e mistificado de lazer, ilusório, onde o espaço se transforma em cenário para o "espetáculo" para uma multidão amorfa mediante a criação de uma série de atividades que conduzem a passividade, produzindo apenas a ilusão da evasão, e, desse modo, o real é metamorfoseado, transfigurado, para seduzir e fascinar. Aqui o sujeito se entrega às manipulações desfrutando a própria alienação e a dos outros.

Esses dois processos apontam para o fato de que ao vender-se o espaço, produz-se a não-identidade e, com isso, o não-lugar, pois longe de se criar uma identidade produz-se mercadorias para serem consumidas em todos os momentos da vida, dentro e fora da fábrica, dentro e fora do ambiente de trabalho, nos momentos de trabalho e de não-trabalho.
...

O espaço produzido pela indústria do turismo perde o sentido, é o presente sem espessura, quer dizer, sem história, sem identidade; neste sentido é o espaço do vazio. Ausência. Não-lugares. Isso porque o lugar é, em sua essência, produção humana, visto que se reproduz na relação entre espaço e sociedade, o que significa criação, estabelecimento de uma identidade entre comunidade e lugar, identidade essa que se dá por meio de formas de apropriação para a vida. O lugar é produto das relações humanas, entre homem e natureza, tecido por relações sociais que se realizam no plano do vivido, o que garante a construção de uma rede de significados e sentidos que são tecidos pela história e cultura civilizadora produzindo a identidade. Aí o homem se reconhece porque aí vive. O sujeito pertence ao lugar como este a ele, pois a produção do lugar se liga indissociavelmente à produção da vida. "No lugar emerge a vida, posto que é aí que se dá a unidade da vida social. Cada sujeito se situa num espaço concreto e real onde se reconhece ou se perde, usufrui e modifica, posto que o lugar tem usos e sentidos em si. Tem a dimensão da vida" (4), por isso o ato de produção revela o sujeito.

A identidade, no plano do vivido, vincula-se ao conhecido-reconhecido. A natureza social da identidade, do sentimento de pertencer ou de formas de apropriação do espaço que ela suscita, liga-se aos lugares habitados, marcados pela presença, criados pela história fragmentária feitas de resíduos e detritos, pela acumulação dos tempos. Significa para quem aí mora "olhar a paisagem e saber tudo de cor" porque diz respeito à vida e seu sentido, marcados, remarcados, nomeados, natureza transformada pela prática social, produto de uma capacidade criadora, acumulação cultural que se inscreve num espaço e tempo - essa a diferença entre lugares e não-lugares.

Assim o não-lugar não é a simples negação do lugar, mas uma outra coisa, produto de relações outras; diferencia-se do lugar pelo seu processo de constituição, é nesse caso produto da indústria turística que com sua atividade produz simulacros ou constróem simulacros de lugares, através da não-identidade, mas não pára por aí, pois também se produzem comportamentos e modos de apropriação desses lugares.

Infografia Passo a Passo...

Infografia Passo a Passo, por Mario Kanno Infografia Passo a Passo, por Mario Kanno http://kanno-infografia.blogspot.com/ Dicas sobre infografia para jornais e revistas

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Supermodernidade

O tempo parece passar cada vez mais rápido, cada vez mais somos surpreendidos com as coisas que a ciência descobre ou que a tecnologia inventa, somos bombardeados a todo instante com milhares de informações, vivemos no meio dessa superabundância de fatos, em que cada vez mais individualizamos e de certo modo perdemos nossas referências.

Essa ausência de referências, uma vida sem perspectivas e uma incapacidade de pensar o tempo são características que Augé define como supermodernidade; ele afasta-se do termo pós-modernidade – que passa uma idéia de ruptura - preferindo utilizar a palavra supermodernidade para dar a idéia de continuidade. Em meio a isso, surgem os não-lugares definidos por Marc Augé, como espaços de passagem incapazes de dar forma a qualquer tipo de identidade.

E é com o olhar voltado para esses espaços da cidade de Belo Horizonte, é que se pretende incentivar o turismo, não o turismo simples e vazio, mas um turismo em que o visitante, desenvolva o olhar e alcance novas percepções e interpretações desses espaços da cidade.

Princípios De Design Da Informação Para A Web 2.0: Seja Simples E Social

Trabalhar em design na web hoje em dia requer princípios sadios de alavancamento de boas técnicas de informações testadas ao mesmo tempo em que se aumenta o nível de interação e componentes "sociais" a oferecer aos leitores.

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Capa do livro "Don't Make Me Think", remixado por Robin Good - Crédito da foto: Steve Krug - Amazon

A onda da Web 2.0 tem, aparentemente, trazido relevante inovação no design, na forma de bordas arrendodadas, cores pastéis, botões em 3D brilhantes com relevo , imagens em espelho e legendas grandes e muitas outras funcionalidades que os designers começaram a adotar e tomaram para si, dentro desse novo jeito mais simples, mais impactante visualmente e fortemente legível que é o estilo de comunicação 2.0.

Mas as diferenças entre esses enfeites 2.0 e a verdadeira inovação no design é a habilidade que os arquitetos da informação e os web designers têm de orquestrar com muito talento as múltiplas formas de interação e fidelização que os novos serviços e tecnologias 2.0 vieram oferecer: navegação multi-dimensional, favoritação social, busca de comunidades, sugestões e comentários de leitores, contribuições e conteúdos gerados pelo usuário, componentes de vídeo e chats, notícias populares, e muito mais.

É nessa direção que os designers da informação devem mirar no futuro: partir da simples organização visual básica de elementos para entrar no domínio da simplicidade de técnicas sociais onde a leitura, a contribuição e a troca dos elementos de informação sejam coreografados de forma a torná-los sinergéticos e participativos.


fonte: masternewmedia

Objetivos do projeto não-lugares de BH


O projeto tem como objetivo, fazer com que o visitante da cidade ao mesmo os próprios cidadãos tenham uma nova forma de perceber os locais públicos da cidade, valorizando assim esses espaços, criando de certa forma uma nova identidade urbana para esses espaços.

Será criado um site vinculado ao Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, os quis são os criadores da campanha: “Eu amo BH radicalmente” que teve como objetivo aumentar a auto-estima e o amor do belo-horizontino por sua cidade. O Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau é um órgão privado que tem como meta, valorizar e promover a imagem da capital mineira, estimulando à criação de novos eventos e destino turísticos, que valorizando a cidade.

O site ao mesmo tempo em que tem como função a divulgação do projeto ele será participativo que convidará ás pessoas a postarem seus próprios vídeos e fotos da cidade levando o cidadão belo-horizontino a criar novos percursos turísticos alternativos, de forma que a cidade seja observada por um novo olhar, tendo assim, uma nova percepção visual dos espaços públicos da
cidade, se apropriando deles.

BH é o lugar!



Blog indicado pela professora mais linda que eu já tive: Denise!
O blog dos alunos dela, super tem a ver com meu projeto e o mapa q eu estou precisando de fazer pra ele! aki vai uma exemplo q achei muito show!


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Rodoviária mais fotos







fotos by joice

Praça Sete mais fotos






fotos by joice hehe

Galeria do Ouvidor mais fotos






fotos by Joice hehe

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eu Amo BH Radicalmente

Idealizada pelo Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau e concretizada em parceria com várias entidades públicas e privadas, a campanha “Eu Amo BH Radicalmente” tem o objetivo de aumentar a auto-estima e o amor do belo-horizontino por sua cidade, como base fundamental para que ela se torne, realmente, um referencial para eventos, capazes de gerar mais rendas e empregos para a comunidade.

Está sendo desenvolvido através da inserção de spots, jingles e anúncios em jornais e emissoras de rádio e televisão, colocação de out-doors em ruas e avenidas e pontos de ônibus e divulgação de pop-cards e da grife “Eu Amo BH Radicalmente”, com peças que estarão à venda em vários pontos da cidade.

Para a presidente do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, Érica Drumond, a campanha atende a uma necessidade visualizada há muito tempo, a de dar uma imagem real da capital mineira aos agentes e promotores de eventos, visitantes e, principalmente, à comunidade belo-horizontina.

Ela diz que, além do desconhecimento existente, há também uma falsa humildade do belo-horizontino a respeito de sua cidade. Isto precisa mudar e foi assim que se idealizou uma campanha diferente, apresentando Belo Horizonte por uma angulação nova, capaz de fazer as pessoas pensarem sobre o que estarão vendo e ouvindo.

Uma coisa Érica faz questão de ressaltar: a campanha não tem dono, pertencendo a todas as todas as lideranças, entidades, parceiros e ao próprio povo.

O mesmo sentimento é afirmado por Fernando Lana, presidente da Empresa Municipal de Turismo, Belotur, grande parceira do BHC&VB no projeto e em várias outras atividades.

“ A população de Belo Horizonte é jovem, uma turma que pratica sistematicamente esportes e ações, embora nem sempre isto seja percebido pelas outras pessoas. O projeto vem lançar uma nova imagem sobre a cidade, capaz de atender a todos os segmentos do nosso povo, de uma maneira mais direta e contundente”.

fonte: www.bh360.com.br

BH Shopping


Galeria Ouvidor


Rodoviária


Praça Sete


Praça Sete dec. 40


Praça Sete - atual

terça-feira, 14 de abril de 2009

Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau


O Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau – Casa do Turismo – é uma fundação de direito privado, sem fins lucrativos. Tem como missão: Promover e valorizar a imagem da capital mineira, buscando o desenvolvimento da indústria do turismo através da captação e estímulo à criação de novos eventos e destino turísticos, que valorizem as vocações da cidade e de seu entorno.

Nasceu em 12 de dezembro de 1997 - dia em que, Belo Horizonte comemorava 100 anos. Idealizado por um grupo de 27 empresários do turismo, liderados por George Norman Kutova, o BHC&VB iniciou um trabalho de apresentação e divulgação da cidade, com a produção de um rico material, incluindo revistas, CD-ROMs e vídeos em vários idiomas.

Em 10 anos, a fundação conseguiu reunir mais de 200 mantenedores. Neste período, foram captados mais de 241 eventos para a cidade, representando aproximadamente 370 mil participantes. Hoje, presidido por Sérgio Toledo – que sucedeu Érica Drumond, atual Secretária de Estado de Turismo, o BHC&VB fez de sua sede a Casa do Turismo de Belo Horizonte.

Objetivos

• Promover e valorizar a imagem de Belo Horizonte.
• Congregar as entidades e empresas públicas e privadas que atuam no setor do turismo, atuando no sentido de fortalecer a indústria turística local.
• Coordenar as ações mercadológicas dos segmentos privado e público, visando a uma imagem eficiente e uniforme de Belo Horizonte no mercado de eventos.
• Reduzir progressivamente a baixa estação do turismo, através de captação e apoio prioritários a eventos nos períodos de menor visitação.
• Manter intercâmbio técnico, cultural e social com entidades nacionais e internacionais da indústria.
• Promover maior integração entre as atividades turísticas de negócios, excelência médica, cultura, gastronomia, esportes, lazer e as atividades econômicas mais significativas do Estado.
• Contribuir para melhor aproveitamento dos serviços e equipamentos turísticos, avaliando seu desempenho e sugerindo procedimentos técnicos, operacionais e administrativos para melhorias significativas.
• Fomentar e orientar a implantação de novos equipamentos e serviços.

www.bhcvb.com.br

BH Shopping


Inaugurado em 1979, o BH Shopping foi o primeiro shopping de Minas Gerais. Um espaço de lazer que une moda, estilo, conceito, diversão e conforto, e que continua até hoje como o melhor centro de compras do estado.

Há quase 30 anos, quem passa pelos corredores do BH Shopping encontra tendências nacionais e internacionais nas mais variadas lojas, entre elas Renner, Riachuelo, C&A, Arezzo, Brooksfield, Puma. Encontra lojas exclusivas, como a espanhola Zara e a masculina Tribëca. Encontra também lazer e diversão para toda a família, com comodidade e segurança.

O "BH", como carinhosamente é conhecido, é hoje uma referência em centro de compras para os mineiros. Áreas de alimentação, salas de cinema, exposições, diversão eletrônica, lançamentos de livros, concursos, liquidações e amplo estacionamento. O shopping da família, da moda, dos amigos. Não importa. O que importa é que o BH Shopping é o shopping mais completo de BH.

O BH Shopping é um empreendimento do Grupo Multiplan, um dos maiores conglomerados de shoppings do país. Atualmente a Multiplan administra 11 shoppings (BH Shopping, DiamondMall e Pátio Savassi - Belo Horizonte, BarraShopping e New York City Center - Rio de Janeiro, MorumbiShopping e Shopping Anália Franco - São Paulo, Ribeirão Shopping - Ribeirão Preto, ParkShopping - Brasília, ParkShopping Barigui - Curitiba, BarraShoppingSul - Porto Alegre) e inaugurará em breve mais 2 empreendimentos: Vila Olímpia - São Paulo e Shopping Maceió - Maceió.

Endereço: BR 356, número 3.049
Bairro Belvedere - BH - MG
Cep: 30320-900
Telefone: 3228-4000

Fonte: www.bhshopping.com.br

Praça Sete


Na planta do projeto de Belo Horizonte elaborado por Aarão Reis no final do século XIX, o traçado da cidade foi desenhado a partir de uma cruz formada por duas grandes vias que se cortam perpendicularmente. O ponto de intersecção, onde haveria uma praça, marcaria o centro da capital.

O nome originalmente escolhido para o local foi Praça Doze de Outubro, em homenagem ao dia 12 de outubro de 1492, em que Cristóvão Colombo chegou às Bahamas, data comumente atribuída à descoberta da América.

Em 1922, seu nome foi alterado para Praça Sete de Setembro, nas comemorações do centenário da Independência do Brasil. Embora a pedra fundamental do "Pirulito", como é chamado pela população, tenha sido lançada naquele ano, o monumento só foi inaugurado no local dois anos depois, em 7 de setembro de 1924.

Em 1932, o Cine-Teatro Brasil foi construído na esquina da Avenida Amazonas com a rua Carijós.

Em 1950, foi inaugurado na esquina da Avenida Afonso Pena com a rua Rio de Janeiro o edifício do Banco da Lavoura, projetado por Álvaro Vital Brasil em 1946. O projeto, de estilo arquitetônico moderno, recebeu o prêmio de arquitetura na 1ª Bienal de São Paulo.

Em 1953, foi inaugurado o prédio do Banco Mineiro da Produção, projetado por Oscar Niemeyer em 1951.

Em 2003, a praça passou por um intenso programa de revitalização. Entre as principais mudanças, tornou-se acessível para portadores de necessidades especiais e pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, cada um dos quatro quarteirões fechados ganhou um nome indígena, como as ruas transversais no projeto de Aarão Reis, e teve sua reforma conduzida por um dos seguintes arquitetos: Gustavo Penna, Felipo Bruneleschi, Álvaro Hardy, Inigo Jones, João Diniz, e do ainda jovem P.H. Rolfs, que mais tarde se tornaria um dos mais proeminentes arquitetos do periodo. Éolo Maia participa como grande mentor do grupo.

Galeria do ouvidor


Em abril de 1963, lavrou-se no cartório Mendonça - 1º oficio de notas - a escritura de convenção da Galeria Ouvidor. Consta, também, em nossos arquivos o livro nº01 (um) da primeira Ata da Assembléia Geral, realizada no dia 17 de agosto de 1964. Dentre os condôminos fundadores, destacamos as famílias: Mancini, Mahomed, Kubitschek de Oliveira, Hardi, Farah, Morici, De Marco, Xavier, Moura, Machado Mourão. Os lotes (terrenos) que foram destinados à construção do Condomínio pertenciam a famílias tradicionais de Belo Horizonte.

Acreditamos que na Galeria, foram instaladas as primeiras escadas rolantes de Belo Horizonte, como também é o primeiro centro comercial vertical da Capital. Durante estes 42 anos, passamos por várias fases comerciais: confecção de roupas, artesanato de couro, jeans importado, chapeado, prata, ouro, bijouterias, produtos para fabricação de bijouterias e embalagens. Atualmente, figura-se como o “point” de artigos para bijouterias e artesanato.

A Galeria possui um total de 353 unidades com um público residente de aproximadamente, de 1.400 pessoas, o número de visitantes chega a 45 mil/dia. No momento, existe demanda para locação e não oferta de imóveis. O nosso objetivo é atender ao nosso cliente com presteza para que ele volte sempre. Procura-se oferecer ao consumidor o que ele precisa, o nosso empresariado tem que ser dinâmico e estar atualizado para a demanda exigida.

Temos um lema: Uma Cidade dentro de nossa Cidade. Nossa Galeria é um dos principais centros de referência de Belo Horizonte, cuidamos para que continue sempre.


Rua São Paulo, 656 ou Rua Curitiba, 715 - Centro - Belo Horizonte - Minas Gerais

fonte: www.condominiogaleriaouvidor.com.br

Rodoviária


O Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, inaugurado em 1971 como o maior e mais moderno da América Latina, tem capacidade para atender a uma demanda de 17 milhões de passageiros por ano. Entre embarques e desembarques, o complexo arquitetônico de 45,5 mil metros quadrados recebe diariamente, em média, 35 mil pessoas.

A ousadia e magnitude da cobertura em concreto armado conferiram ao complexo o prêmio da 1a Bienal de Arquitetura de 1971, dando fama à cidade. Motivado pelo convênio assinado entre o Governo do Estado e do Município, em 26 de junho de 2003, a administração do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro foi transferida para a Prefeitura de Belo Horizonte, com a finalidade de atender ao interesse público.

Dados Gerais

Administração

Endereço: Praça Rio Branco, nº100 - Centro.
Cep: 30.111-050
E-mail: rodoviaria@pbh.gov.br

Inauguração : 09 de março de 1971

Tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal: 1994

Área Construída: 35.500 m²

Área Descoberta : 10.000 m²

Complexo Arquitetônico: 45.500 m²

Capacidade do Estacionamento: 215 veículos (descoberto) e 68 (coberto)

Nº de empresas de ônibus: 43

Serviços disponíveis: Caixa eletrônico Bradesco, Banco do Brasil, Banco 24 Horas, Itaú, Guarda Volumes, Lanchonetes, Restaurante, Lojas (artigos em geral), Livrarias, Copiadoras, Lan House, Sorveterias, Padaria, Bomboniere, Salão de Beleza, Engraxate, Farmácia, Tabacaria, Quiosques diversos, Correios, Casa Lotérica, Financeira, Juizado de Infância e Adolescência, Despacho de Encomendas, Polícia Civil, Polícia Militar, Postos de Fiscalização DER, ANTT, BHTRANS.

Serviços oferecidos pela Administração: Achados e Perdidos, Atendimento ao Usuário, Vigilância, Monitoramento, Assistência Social, Estacionamento, Sanitários.

Administração : desde o dia 27 de junho de 2003 o Terminal é administrado pela Prefeitura de Belo Horizonte através da Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional Centro -Sul, de acordo com o convênio firmado entre o Estado (DER) e Município (PBH).

Gerente do Terminal: Ricardo Coutinho Camilo

Número de usuários que transitam por dia: 35 mil pessoas (entre ambarques, desembarques e público flutuante)

Curiosidades:
- Trajeto mais longo estadual: Salto da Divisa / 836,40Km
- Trajeto mais longo interestadual: Porto Velho / 3.074Km (empresa Colibri)
- Trajeto mais próximo: Nova Lima / 27,6Km

Fonte: pbh.gov

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mapa do Centro de Belo Horizonte

Mapa de Belo Horizonte

De arraial a Capital

Os ideais positivistas, que norteavam a jovem república do final do séc. XIX, imprimiram profundas mudanças no país. "Ordem e progresso" sintetizava um novo referecial e não demorou para que os mineiros imaginassem para si uma nova capital, mais condizente com a grandeza do Estado. Seria um contraponto à antiga, anacrônica, colonial e imperial Vila Rica (Ouro Preto), que com suas apertadas ladeiras e casarios centenários parecia comprimir as impetuosas esperanças republicanas. Além disso, o sonho de uma nova capital era antigo, acalentado já na época da inconfidência.

Após longas discussões e acalorados debates no Congresso Mineiro, ficou definido, em 17 de dezembro de 1893, que o local mais adequado para se construir a capital do Estado de Minas Gerais era a região do Curral Del'Rei, já habitada desde os primórdios do séc. XVIII. A capital, inicialmente chamada de "Cidade de Minas", foi inaugurada no dia 12 de dezembro de 1897 por Bias Fortes, presidente de Minas (1894-98).

A primeira cidade planejada do país foi construída a partir de uma concepção urbanística elaborada pelo engenheiro paraense Aarão Reis. Ele queria enfatizar a modernidade e a desenhou prevendo separar os setores urbano e suburbano, delimitados pela avenida do Contorno. Grandes avenidas, ruas largas, quarteirões simétricos, um parque central... Tudo que lembrasse Paris, Washington, e colocasse Belo Horizonte entre as grandes cidades do mundo. A realidade foi maior que o sonho e muitas previsões estavam erradas. A cidade cresceu além do esperado.

Inspirados por um belo horizonte que alimentava sonhos, os habitantes pediram ao Governo Provisório do Estado que mudasse oficialmente o nome "Cidade de Minas" para "Belo Horizonte". A mudança só ocorreu em 1906, através de um decreto expedido pelo então governador João Pinheiro da Silva.

Voltemos pois à história do antigo Curral Del'Rei. O primeiro habitante foi o bandeirante João Leite Ortiz, que fundou a Fazenda do Cercado no início do séc. XVIII. Em função do grande número de escravos que possuía, Ortiz não perdeu a oportunidade de explorar os córregos auríferos que ali existiam. Não encontrou muita coisa. Mesmo assim se fixou na região, rica em belas paisagens e com terra boa para a agricultura. Pouco a pouco um pequeno arraial se formou, apoiado na lavoura e no trânsito constante de tropeiros. A Freguesia Eclesiástica do Curral Del'Rei foi confirmada por Ordem Régia em 1750.

Parauna, Barbacena, Juiz de Fora, Várzea do Marçal e Curral Del'Rei concorriam ao posto de capital do Estado, que até então era de Vila Rica, atual Ouro Preto. Havia grupos que defendiam a permanência da capital de Minas em Vila Rica (os "não-mudancistas"), pois desta forma existiriam menos despesas. Contudo, a mudança da capital teve importante papel na preservação histórica da cidade de Ouro Preto. A ilustre Vila Rica certamente teria suas relíquias e santuários destruídos em função do progresso.

A escolha de Belo Horizonte se deu principalmente por suas qualidades climáticas e topográficas. Ficou comprovado que o terreno da cidade era mais seco, portanto não necessitava de prévia drenagem. As condições se prestavam a um sistema perfeito de esgotos e águas pluviais. Várzea do Marçal, forte concorrente, enfraqueceu-se em função de suas péssimas condições para construção de rede de esgoto. A área era alagadiça, sujeita a infiltrações, com lençol de água muito superficial.

Em 17 de dezembro de 1893 Afonso Pena, na ocasião presidente de Minas Gerais (1892-94), promulgou a lei que designava Belo Horizonte para ser a capital do Estado. O prazo mínimo para a transferência definitiva do governo era de 4 anos. O tempo foi insuficiente e a cidade teve que ser inaugurada às pressas, ainda poeirenta e com prédios a construir. Sua consolidação levou anos. Mudar uma capital realmente é uma obra colossal!

Fonte: idasbrasil

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Belo Horizonte e os não-lugares

Partindo então da definição do post anterior, foi feita uma lista com alguns dos mais significativos não-lugares de Belo Horizonte e dentre eles foram escolhidos:

O BH Shopping, por ser o primeiro shopping de Belo Horizonte e atender a um público bem diversificado. A rodoviária, por se tratar de um espaço que recebe milhares de pessoas diariamente, e ser um espaço de transito. A Praça Sete foi escolhida como não-lugar, apesar de possuir uma história significativa para a nossa cidade - característica de lugar- hoje em dia ela nada mais é que um espaço de transito de pessoas assim com a Galeria Ouvidor, inaugurada em 1963, é o primeiro espaço construído com fim estritamente comercial, sendo assim, já nasceu sendo um não-lugar.

O Mercado Central não foi eleito como não-lugar, pois não se encaixa nas definições de não-lugar, e sim nas definições de lugar, pois segundo Marc Augé, um lugar pode ser definido como identítário, relacional e histórico, quando as pessoas vão ao mercado elas vão em busca de novas experiências, novos sabores, o mercado ao longo dos tempos não perdeu sua identidade ou contrário da Praça Sete que ao longo dos anos foi sendo modificada, incluindo até seu nome, pois antes de se chamar Praça Sete de Setembro em homenagem a independência do Brasil, chama-se Praça Doze de Outubro. Hoje a praça tornou-se apenas um espaço público de referência simbólica, até mesmo no seu nome: Praça, a concepção que temos de praça é se um espaço arborizado, em que as pessoas param e tem um monto de lazer, de troca de experiências, e hoje em dia a Praça Sete, para a maioria das pessoas, nada mais é que um lugar de transito. Para AUGÉ a “supermodernidade” é a produtora dos não lugares, por isso a Praça foi escolhida como não-lugar.

Não-Lugares

Para justificar e definir a terminologia ‘não-lugar, é preciso antes definir o que é um “lugar”. Entende-se por lugar como sendo um espaço que possui uma história, uma espécie de teia de relações, uma determinada identidade resultante de acontecimentos anteriores e atuais, definido por AUGÉ (2005,p.85).

Definir um não-lugar não é tarefa simples, é certo modo subjetivo, depende do ponto de vista em que se observa, é preciso analisar os espaços constituídos em relação a certos fins (transporte, transito, comércio, lazer) e a relação que os indivíduos mantêm com esses espaços. Segundo Michael Maffesoli citado por TAVARES. 2007- são locais onde a cultura global predomina e deixa para segundo plano os costumes sociais, - “supermodernidade” - referindo como exemplos mais evidentes os shoppings centers, os aeroportos, os restaurantes de fastfood e os supermercados dentre outros... São espaços sem identidade, que não causam nenhuma relação emocional ás pessoas. Espaços onde supõe-se que os indivíduos só interajam com “textos” tais como os das placas de sinalização – AUGÉ pág 88 - sendo assim o espaço do viajante seria o arquétipo do não lugar.

Geralmente as pessoas que “freqüentam“ esses não–lugares adquirem uma identidade provisória, elas deixam de ser o que elas realmente são para parecerem ser outra pessoa, quase sempre essas pessoas estão em transito, o que de certa forma causa um isolamento o qual evita a comunicação e a partilha de experiências; portanto as pessoas tem uma sensação de solidão, um sentimento “blasê” – de não participação, indiferença - elas estão no meio de muitas pessoas que estão sós iguais a ela, por isso o não-lugar só traz semelhança e solidão.