terça-feira, 26 de janeiro de 2010

saiu até no jornal da alterosa

Praça vira 'Praia da Estação'

Praça vira 'Praia da Estação' durante protesto

Manifestantes fizeram uma ação divertida em protesto contra a proibição de eventos artísticos no local

Bruna Saniele - Repórter - 23/01/2010 - 16:06

TONINHO ALMADAPraia da Estação

Barracas de praia, cangas, biquínis e calção compõem o cenário da Praça da Estação



Barracas de praia, cangas, biquínis e calção compõem o cenário da Praça da Estação


Belo Horizonte não tem mar, mas já não é possível dizer que não tem “praia”. Pelo segundo sábado consecutivo, a Praça da Estação é palco de uma divertida manifestação e se transforma em uma grande praia de concreto, com direito a biquínis, cerveja, esteiras, cangas, boias e até uma rodinha de samba e capoeira. A manifestação vem contestar o decreto municipal nº13,798 de dezembro de 2009, que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza no local.

No início da tarde de ontem, cerca de 200 manifestantes, formados principalmente por artistas e estudantes universitários, invadiram a “Praia da Estação” para reivindicar o direito de usar livremente o local.

A manifestação, que surgiu a partir de um e-mail que ninguém diz saber a autoria que circulou nas últimas semanas, pretende contestar o decreto do prefeito Marcio Lacerda. “Ninguém sabe quem teve essa ideia, é uma manifestação sem líderes. Acho que podemos dizer que quem começou com tudo foi o Lacerda”, brinca um dos manifestantes, que não quis se identificar. “Eu acho superimportante esse tipo de mobilização e acho que o poder público tem como garantir a utilização desse espaço e mesmo assim garantir a preservação do patrimônio”, diz a advogada Nuria Bertachini, 30 anos.

Os manifestantes também estavam assinando um abaixo assinado, que dizia que ao impedir a realização de eventos e atividades culturais e de lazer na praça, o decreto contraria a Constituição da República. Segundo os manifestantes, caso a prefeitura não repense o decreto, a “Praia da Estação” deve continuar. “A gente não tem nenhum lugar para fazer show em uma área aberta como esta aqui em Belo Horizonte. Todo mundo que tem um mínimo de consciência vai abraçar essa ideia”, espera a estudante de Arquitetura da UFMG, Débora Dias, 23 anos. “O movimento está persistindo. A gente está aqui para ocupar, mostrar a nossa cara, e deixar claro que não concordamos com esse absurdo”, conta Jonnatha Horta, 29 anos.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da PBH, não há nenhuma mudança prevista no decreto, que é uma forma de garantir a preservação do patrimônio. A assessoria não soube informar porque a fonte da praça não estava ligada ontem. Na última semana, de acordo com o secretário de Administração Regional Centro-Sul, Fernando Cabral, a fonte não foi ligada porque estava em manutenção. Ironicamente, a fonte funcionou normalmente durante a última semana e só foi desligada no sábado. para suprir a falta da água da fonte, os manifestantes prometem fazer uma vaquinha para pagar um caminhão pipa, como ocorreu no último sábado. A chegada do caminhão estava prevista para as 15 horas.

Apenas um incidente quase colocou em riso o caráter pacífico da manifestação. O artista Mauro Xavier, 50 anos, levou um barco de cerca de cinco metros para a praia de concreto, mas foi impedido de entrar na praça pela Guarda Municipal, que considerou que a presença de um barco no local contraria o Código de Posturas do município. Os manifestantes consideraram levar o barco para a “praia”, à força, mas desistiram da ideia para não acabar com o caráter pacifico da manifestação.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

De volta!


Seguidores do blog me perdoem!

O Blog estava inativo, não colocava muita fé nele, pra falar a verdade eu estava da saco cheio de não-lugares!

outro dia resolvi acessar o o blog, e me surpreendi com o número de acessos nos últimos seis meses!
...
então estou reativando!

Obrigada pelas visitas!

Praia na Praça da Estação

Há cinco anos, iniciou-se em regiões de da Grande Belo Horizonte um novo processo de higienização urbana, que tem como base elementar a reestruturação de espaços da cidade em consonância com as tendências contemporâneas de uso e desuso especulativo-mercantil das grandes cidades. Além do ostensivo investimento em mecanismos de monitoramento que se espalharam pelos arredores do centro urbano de BH (vide o chamado Projeto Olho-Vivo), tais empreendimentos tendem a sufocar, por vários meios, o encontro espontâneo de indivíduos nas ruas e o livre uso de espaços classificados como "públicos". Essas intervenções se definem por moldes dos velhos projetos de gentrificação, característicos de todas as modernas cidades erguidas sob os pressupostos unitários do capitalismo: limpeza de aspecto fundamentalmente classista, projetos infra-estruturais de custos estratosféricos, restauração de pontos turísticos e

Em 09 de dezembro de 2009, foi decretada pela administração da cidade, com assinatura direta do prefeito, a proibição de "eventos de qualquer natureza" na Praça da Estação (ou Praça Rui Barbosa), um patrimônio público que viveu os primeiros suspiros da cidade. A medida pode assinalar a retomada do que se iniciou em 2005/2006, como corrida "emergencial" para a conclusão de todas as obras necessárias para que BH possa dar suporte aos eventos da Copa do Mundo de 2014.

Chamamos a todos os interessados para esmiuçar o tema das "revitalizações" (um termo polido veiculado pelas instituições oficiais) e dos decretos de lei que instauram o deliberado loteamento dos espaços públicos enquanto curtem o sol e a cidade.


Fonte: CMI BRasil

Praia na Praça da Estação de Belo Horizonte contra o decreto do prefeito Marcio Lacerda

Venha curtir o sol de verão e se divertir na PRAIA NA PRAÇA DA ESTAÇÃO.

O DECRETO Nº 13.798 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2009 do nosso dignissimo prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, proibe que aconteça qualquer tipo de evento na Praça da Estação. A pergunta permanece: a quem interessa que os espaços públicos sejam apenas pontos de passagem e consumo?

Se nos é negado o direito de permanecer em qualquer espaço público da cidade, ocuparemos esses espaços de maneira divertida, lúdica e aparentemente despretensiosa.

Traga sua roupa de banho (bermuda, calção, biquini, maiô, cueca), boias, cadeiras, toalhas de praia, guarda-sol, cangas, farofa e a vitrolinha...

Traga tambores e viola!
Traga comida para um banquete coletivo!
Onde? Praça da Estação - Hipercentro de Belo Horizonte
Quando? Sábado, 16/01/2010, 9:30
Quanto? De graça!

Vamos fazer com que a praça da estação torne um espaço não apenas de passagem (não-lugar) mas sim um espaço em que a convivência seja possível, que exista alguma troca de experiência!!