quarta-feira, 29 de abril de 2009
Supermodernidade
Princípios De Design Da Informação Para A Web 2.0: Seja Simples E Social
Trabalhar em design na web hoje em dia requer princípios sadios de alavancamento de boas técnicas de informações testadas ao mesmo tempo em que se aumenta o nível de interação e componentes "sociais" a oferecer aos leitores.
A onda da Web 2.0 tem, aparentemente, trazido relevante inovação no design, na forma de bordas arrendodadas, cores pastéis, botões em 3D brilhantes com relevo , imagens em espelho e legendas grandes e muitas outras funcionalidades que os designers começaram a adotar e tomaram para si, dentro desse novo jeito mais simples, mais impactante visualmente e fortemente legível que é o estilo de comunicação 2.0.
Mas as diferenças entre esses enfeites 2.0 e a verdadeira inovação no design é a habilidade que os arquitetos da informação e os web designers têm de orquestrar com muito talento as múltiplas formas de interação e fidelização que os novos serviços e tecnologias 2.0 vieram oferecer: navegação multi-dimensional, favoritação social, busca de comunidades, sugestões e comentários de leitores, contribuições e conteúdos gerados pelo usuário, componentes de vídeo e chats, notícias populares, e muito mais.
É nessa direção que os designers da informação devem mirar no futuro: partir da simples organização visual básica de elementos para entrar no domínio da simplicidade de técnicas sociais onde a leitura, a contribuição e a troca dos elementos de informação sejam coreografados de forma a torná-los sinergéticos e participativos.
fonte: masternewmedia
Objetivos do projeto não-lugares de BH
BH é o lugar!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Eu Amo BH Radicalmente
Idealizada pelo Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau e concretizada em parceria com várias entidades públicas e privadas, a campanha “Eu Amo BH Radicalmente” tem o objetivo de aumentar a auto-estima e o amor do belo-horizontino por sua cidade, como base fundamental para que ela se torne, realmente, um referencial para eventos, capazes de gerar mais rendas e empregos para a comunidade.
Está sendo desenvolvido através da inserção de spots, jingles e anúncios em jornais e emissoras de rádio e televisão, colocação de out-doors em ruas e avenidas e pontos de ônibus e divulgação de pop-cards e da grife “Eu Amo BH Radicalmente”, com peças que estarão à venda em vários pontos da cidade.
Para a presidente do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, Érica Drumond, a campanha atende a uma necessidade visualizada há muito tempo, a de dar uma imagem real da capital mineira aos agentes e promotores de eventos, visitantes e, principalmente, à comunidade belo-horizontina.
Ela diz que, além do desconhecimento existente, há também uma falsa humildade do belo-horizontino a respeito de sua cidade. Isto precisa mudar e foi assim que se idealizou uma campanha diferente, apresentando Belo Horizonte por uma angulação nova, capaz de fazer as pessoas pensarem sobre o que estarão vendo e ouvindo.
Uma coisa Érica faz questão de ressaltar: a campanha não tem dono, pertencendo a todas as todas as lideranças, entidades, parceiros e ao próprio povo.
O mesmo sentimento é afirmado por Fernando Lana, presidente da Empresa Municipal de Turismo, Belotur, grande parceira do BHC&VB no projeto e em várias outras atividades.
“ A população de Belo Horizonte é jovem, uma turma que pratica sistematicamente esportes e ações, embora nem sempre isto seja percebido pelas outras pessoas. O projeto vem lançar uma nova imagem sobre a cidade, capaz de atender a todos os segmentos do nosso povo, de uma maneira mais direta e contundente”.
fonte: www.bh360.com.br
terça-feira, 14 de abril de 2009
Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau
O Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau – Casa do Turismo – é uma fundação de direito privado, sem fins lucrativos. Tem como missão: Promover e valorizar a imagem da capital mineira, buscando o desenvolvimento da indústria do turismo através da captação e estímulo à criação de novos eventos e destino turísticos, que valorizem as vocações da cidade e de seu entorno.
Nasceu em 12 de dezembro de 1997 - dia em que, Belo Horizonte comemorava 100 anos. Idealizado por um grupo de 27 empresários do turismo, liderados por George Norman Kutova, o BHC&VB iniciou um trabalho de apresentação e divulgação da cidade, com a produção de um rico material, incluindo revistas, CD-ROMs e vídeos em vários idiomas.
Em 10 anos, a fundação conseguiu reunir mais de 200 mantenedores. Neste período, foram captados mais de 241 eventos para a cidade, representando aproximadamente 370 mil participantes. Hoje, presidido por Sérgio Toledo – que sucedeu Érica Drumond, atual Secretária de Estado de Turismo, o BHC&VB fez de sua sede a Casa do Turismo de Belo Horizonte.
Objetivos
• Promover e valorizar a imagem de Belo Horizonte.
• Congregar as entidades e empresas públicas e privadas que atuam no setor do turismo, atuando no sentido de fortalecer a indústria turística local.
• Coordenar as ações mercadológicas dos segmentos privado e público, visando a uma imagem eficiente e uniforme de Belo Horizonte no mercado de eventos.
• Reduzir progressivamente a baixa estação do turismo, através de captação e apoio prioritários a eventos nos períodos de menor visitação.
• Manter intercâmbio técnico, cultural e social com entidades nacionais e internacionais da indústria.
• Promover maior integração entre as atividades turísticas de negócios, excelência médica, cultura, gastronomia, esportes, lazer e as atividades econômicas mais significativas do Estado.
• Contribuir para melhor aproveitamento dos serviços e equipamentos turísticos, avaliando seu desempenho e sugerindo procedimentos técnicos, operacionais e administrativos para melhorias significativas.
• Fomentar e orientar a implantação de novos equipamentos e serviços.
www.bhcvb.com.br
BH Shopping
Inaugurado em 1979, o BH Shopping foi o primeiro shopping de Minas Gerais. Um espaço de lazer que une moda, estilo, conceito, diversão e conforto, e que continua até hoje como o melhor centro de compras do estado.
Há quase 30 anos, quem passa pelos corredores do BH Shopping encontra tendências nacionais e internacionais nas mais variadas lojas, entre elas Renner, Riachuelo, C&A, Arezzo, Brooksfield, Puma. Encontra lojas exclusivas, como a espanhola Zara e a masculina Tribëca. Encontra também lazer e diversão para toda a família, com comodidade e segurança.
O "BH", como carinhosamente é conhecido, é hoje uma referência em centro de compras para os mineiros. Áreas de alimentação, salas de cinema, exposições, diversão eletrônica, lançamentos de livros, concursos, liquidações e amplo estacionamento. O shopping da família, da moda, dos amigos. Não importa. O que importa é que o BH Shopping é o shopping mais completo de BH.
O BH Shopping é um empreendimento do Grupo Multiplan, um dos maiores conglomerados de shoppings do país. Atualmente a Multiplan administra 11 shoppings (BH Shopping, DiamondMall e Pátio Savassi - Belo Horizonte, BarraShopping e New York City Center - Rio de Janeiro, MorumbiShopping e Shopping Anália Franco - São Paulo, Ribeirão Shopping - Ribeirão Preto, ParkShopping - Brasília, ParkShopping Barigui - Curitiba, BarraShoppingSul - Porto Alegre) e inaugurará em breve mais 2 empreendimentos: Vila Olímpia - São Paulo e Shopping Maceió - Maceió.
Bairro Belvedere - BH - MG
Cep: 30320-900
Telefone: 3228-4000
Fonte: www.bhshopping.com.br
Praça Sete
Na planta do projeto de Belo Horizonte elaborado por Aarão Reis no final do século XIX, o traçado da cidade foi desenhado a partir de uma cruz formada por duas grandes vias que se cortam perpendicularmente. O ponto de intersecção, onde haveria uma praça, marcaria o centro da capital.
O nome originalmente escolhido para o local foi Praça Doze de Outubro, em homenagem ao dia 12 de outubro de 1492, em que Cristóvão Colombo chegou às Bahamas, data comumente atribuída à descoberta da América.
Em 1922, seu nome foi alterado para Praça Sete de Setembro, nas comemorações do centenário da Independência do Brasil. Embora a pedra fundamental do "Pirulito", como é chamado pela população, tenha sido lançada naquele ano, o monumento só foi inaugurado no local dois anos depois, em 7 de setembro de 1924.
Em 1932, o Cine-Teatro Brasil foi construído na esquina da Avenida Amazonas com a rua Carijós.
Em 1950, foi inaugurado na esquina da Avenida Afonso Pena com a rua Rio de Janeiro o edifício do Banco da Lavoura, projetado por Álvaro Vital Brasil em 1946. O projeto, de estilo arquitetônico moderno, recebeu o prêmio de arquitetura na 1ª Bienal de São Paulo.
Em 1953, foi inaugurado o prédio do Banco Mineiro da Produção, projetado por Oscar Niemeyer em 1951.
Em 2003, a praça passou por um intenso programa de revitalização. Entre as principais mudanças, tornou-se acessível para portadores de necessidades especiais e pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, cada um dos quatro quarteirões fechados ganhou um nome indígena, como as ruas transversais no projeto de Aarão Reis, e teve sua reforma conduzida por um dos seguintes arquitetos: Gustavo Penna, Felipo Bruneleschi, Álvaro Hardy, Inigo Jones, João Diniz, e do ainda jovem P.H. Rolfs, que mais tarde se tornaria um dos mais proeminentes arquitetos do periodo. Éolo Maia participa como grande mentor do grupo.
Galeria do ouvidor
Em abril de 1963, lavrou-se no cartório Mendonça - 1º oficio de notas - a escritura de convenção da Galeria Ouvidor. Consta, também, em nossos arquivos o livro nº01 (um) da primeira Ata da Assembléia Geral, realizada no dia 17 de agosto de 1964. Dentre os condôminos fundadores, destacamos as famílias: Mancini, Mahomed, Kubitschek de Oliveira, Hardi, Farah, Morici, De Marco, Xavier, Moura, Machado Mourão. Os lotes (terrenos) que foram destinados à construção do Condomínio pertenciam a famílias tradicionais de Belo Horizonte.
Acreditamos que na Galeria, foram instaladas as primeiras escadas rolantes de Belo Horizonte, como também é o primeiro centro comercial vertical da Capital. Durante estes 42 anos, passamos por várias fases comerciais: confecção de roupas, artesanato de couro, jeans importado, chapeado, prata, ouro, bijouterias, produtos para fabricação de bijouterias e embalagens. Atualmente, figura-se como o “point” de artigos para bijouterias e artesanato.
A Galeria possui um total de 353 unidades com um público residente de aproximadamente, de 1.400 pessoas, o número de visitantes chega a 45 mil/dia. No momento, existe demanda para locação e não oferta de imóveis. O nosso objetivo é atender ao nosso cliente com presteza para que ele volte sempre. Procura-se oferecer ao consumidor o que ele precisa, o nosso empresariado tem que ser dinâmico e estar atualizado para a demanda exigida.
Temos um lema: Uma Cidade dentro de nossa Cidade. Nossa Galeria é um dos principais centros de referência de Belo Horizonte, cuidamos para que continue sempre.
Rua São Paulo, 656 ou Rua Curitiba, 715 - Centro - Belo Horizonte - Minas Gerais
fonte: www.condominiogaleriaouvidor.com.br
Rodoviária
O Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, inaugurado em 1971 como o maior e mais moderno da América Latina, tem capacidade para atender a uma demanda de 17 milhões de passageiros por ano. Entre embarques e desembarques, o complexo arquitetônico de 45,5 mil metros quadrados recebe diariamente, em média, 35 mil pessoas.
A ousadia e magnitude da cobertura em concreto armado conferiram ao complexo o prêmio da 1a Bienal de Arquitetura de 1971, dando fama à cidade. Motivado pelo convênio assinado entre o Governo do Estado e do Município, em 26 de junho de 2003, a administração do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro foi transferida para a Prefeitura de Belo Horizonte, com a finalidade de atender ao interesse público.
Dados Gerais
Administração
Endereço: Praça Rio Branco, nº100 - Centro.
Cep: 30.111-050
E-mail: rodoviaria@pbh.gov.br
Inauguração : 09 de março de 1971
Tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal: 1994
Área Construída: 35.500 m²
Área Descoberta : 10.000 m²
Complexo Arquitetônico: 45.500 m²
Capacidade do Estacionamento: 215 veículos (descoberto) e 68 (coberto)
Nº de empresas de ônibus: 43
Serviços disponíveis: Caixa eletrônico Bradesco, Banco do Brasil, Banco 24 Horas, Itaú, Guarda Volumes, Lanchonetes, Restaurante, Lojas (artigos em geral), Livrarias, Copiadoras, Lan House, Sorveterias, Padaria, Bomboniere, Salão de Beleza, Engraxate, Farmácia, Tabacaria, Quiosques diversos, Correios, Casa Lotérica, Financeira, Juizado de Infância e Adolescência, Despacho de Encomendas, Polícia Civil, Polícia Militar, Postos de Fiscalização DER, ANTT, BHTRANS.
Serviços oferecidos pela Administração: Achados e Perdidos, Atendimento ao Usuário, Vigilância, Monitoramento, Assistência Social, Estacionamento, Sanitários.
Administração : desde o dia 27 de junho de 2003 o Terminal é administrado pela Prefeitura de Belo Horizonte através da Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional Centro -Sul, de acordo com o convênio firmado entre o Estado (DER) e Município (PBH).
Gerente do Terminal: Ricardo Coutinho Camilo
Número de usuários que transitam por dia: 35 mil pessoas (entre ambarques, desembarques e público flutuante)
Curiosidades:
- Trajeto mais longo estadual: Salto da Divisa / 836,40Km
- Trajeto mais longo interestadual: Porto Velho / 3.074Km (empresa Colibri)
- Trajeto mais próximo: Nova Lima / 27,6Km
Fonte: pbh.gov
terça-feira, 7 de abril de 2009
De arraial a Capital
Os ideais positivistas, que norteavam a jovem república do final do séc. XIX, imprimiram profundas mudanças no país. "Ordem e progresso" sintetizava um novo referecial e não demorou para que os mineiros imaginassem para si uma nova capital, mais condizente com a grandeza do Estado. Seria um contraponto à antiga, anacrônica, colonial e imperial Vila Rica (Ouro Preto), que com suas apertadas ladeiras e casarios centenários parecia comprimir as impetuosas esperanças republicanas. Além disso, o sonho de uma nova capital era antigo, acalentado já na época da inconfidência.
Após longas discussões e acalorados debates no Congresso Mineiro, ficou definido, em 17 de dezembro de 1893, que o local mais adequado para se construir a capital do Estado de Minas Gerais era a região do Curral Del'Rei, já habitada desde os primórdios do séc. XVIII. A capital, inicialmente chamada de "Cidade de Minas", foi inaugurada no dia 12 de dezembro de 1897 por Bias Fortes, presidente de Minas (1894-98).
A primeira cidade planejada do país foi construída a partir de uma concepção urbanística elaborada pelo engenheiro paraense Aarão Reis. Ele queria enfatizar a modernidade e a desenhou prevendo separar os setores urbano e suburbano, delimitados pela avenida do Contorno. Grandes avenidas, ruas largas, quarteirões simétricos, um parque central... Tudo que lembrasse Paris, Washington, e colocasse Belo Horizonte entre as grandes cidades do mundo. A realidade foi maior que o sonho e muitas previsões estavam erradas. A cidade cresceu além do esperado.
Inspirados por um belo horizonte que alimentava sonhos, os habitantes pediram ao Governo Provisório do Estado que mudasse oficialmente o nome "Cidade de Minas" para "Belo Horizonte". A mudança só ocorreu em 1906, através de um decreto expedido pelo então governador João Pinheiro da Silva.
Voltemos pois à história do antigo Curral Del'Rei. O primeiro habitante foi o bandeirante João Leite Ortiz, que fundou a Fazenda do Cercado no início do séc. XVIII. Em função do grande número de escravos que possuía, Ortiz não perdeu a oportunidade de explorar os córregos auríferos que ali existiam. Não encontrou muita coisa. Mesmo assim se fixou na região, rica em belas paisagens e com terra boa para a agricultura. Pouco a pouco um pequeno arraial se formou, apoiado na lavoura e no trânsito constante de tropeiros. A Freguesia Eclesiástica do Curral Del'Rei foi confirmada por Ordem Régia em 1750.
Parauna, Barbacena, Juiz de Fora, Várzea do Marçal e Curral Del'Rei concorriam ao posto de capital do Estado, que até então era de Vila Rica, atual Ouro Preto. Havia grupos que defendiam a permanência da capital de Minas em Vila Rica (os "não-mudancistas"), pois desta forma existiriam menos despesas. Contudo, a mudança da capital teve importante papel na preservação histórica da cidade de Ouro Preto. A ilustre Vila Rica certamente teria suas relíquias e santuários destruídos em função do progresso.
A escolha de Belo Horizonte se deu principalmente por suas qualidades climáticas e topográficas. Ficou comprovado que o terreno da cidade era mais seco, portanto não necessitava de prévia drenagem. As condições se prestavam a um sistema perfeito de esgotos e águas pluviais. Várzea do Marçal, forte concorrente, enfraqueceu-se em função de suas péssimas condições para construção de rede de esgoto. A área era alagadiça, sujeita a infiltrações, com lençol de água muito superficial.
Em 17 de dezembro de 1893 Afonso Pena, na ocasião presidente de Minas Gerais (1892-94), promulgou a lei que designava Belo Horizonte para ser a capital do Estado. O prazo mínimo para a transferência definitiva do governo era de 4 anos. O tempo foi insuficiente e a cidade teve que ser inaugurada às pressas, ainda poeirenta e com prédios a construir. Sua consolidação levou anos. Mudar uma capital realmente é uma obra colossal!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Belo Horizonte e os não-lugares
O BH Shopping, por ser o primeiro shopping de Belo Horizonte e atender a um público bem diversificado. A rodoviária, por se tratar de um espaço que recebe milhares de pessoas diariamente, e ser um espaço de transito. A Praça Sete foi escolhida como não-lugar, apesar de possuir uma história significativa para a nossa cidade - característica de lugar- hoje em dia ela nada mais é que um espaço de transito de pessoas assim com a Galeria Ouvidor, inaugurada em 1963, é o primeiro espaço construído com fim estritamente comercial, sendo assim, já nasceu sendo um não-lugar.
O Mercado Central não foi eleito como não-lugar, pois não se encaixa nas definições de não-lugar, e sim nas definições de lugar, pois segundo Marc Augé, um lugar pode ser definido como identítário, relacional e histórico, quando as pessoas vão ao mercado elas vão em busca de novas experiências, novos sabores, o mercado ao longo dos tempos não perdeu sua identidade ou contrário da Praça Sete que ao longo dos anos foi sendo modificada, incluindo até seu nome, pois antes de se chamar Praça Sete de Setembro em homenagem a independência do Brasil, chama-se Praça Doze de Outubro. Hoje a praça tornou-se apenas um espaço público de referência simbólica, até mesmo no seu nome: Praça, a concepção que temos de praça é se um espaço arborizado, em que as pessoas param e tem um monto de lazer, de troca de experiências, e hoje em dia a Praça Sete, para a maioria das pessoas, nada mais é que um lugar de transito. Para AUGÉ a “supermodernidade” é a produtora dos não lugares, por isso a Praça foi escolhida como não-lugar.
Não-Lugares
Definir um não-lugar não é tarefa simples, é certo modo subjetivo, depende do ponto de vista em que se observa, é preciso analisar os espaços constituídos em relação a certos fins (transporte, transito, comércio, lazer) e a relação que os indivíduos mantêm com esses espaços. Segundo Michael Maffesoli citado por TAVARES. 2007- são locais onde a cultura global predomina e deixa para segundo plano os costumes sociais, - “supermodernidade” - referindo como exemplos mais evidentes os shoppings centers, os aeroportos, os restaurantes de fastfood e os supermercados dentre outros... São espaços sem identidade, que não causam nenhuma relação emocional ás pessoas. Espaços onde supõe-se que os indivíduos só interajam com “textos” tais como os das placas de sinalização – AUGÉ pág 88 - sendo assim o espaço do viajante seria o arquétipo do não lugar.
Geralmente as pessoas que “freqüentam“ esses não–lugares adquirem uma identidade provisória, elas deixam de ser o que elas realmente são para parecerem ser outra pessoa, quase sempre essas pessoas estão em transito, o que de certa forma causa um isolamento o qual evita a comunicação e a partilha de experiências; portanto as pessoas tem uma sensação de solidão, um sentimento “blasê” – de não participação, indiferença - elas estão no meio de muitas pessoas que estão sós iguais a ela, por isso o não-lugar só traz semelhança e solidão.