quarta-feira, 1 de abril de 2009

Belo Horizonte e os não-lugares

Partindo então da definição do post anterior, foi feita uma lista com alguns dos mais significativos não-lugares de Belo Horizonte e dentre eles foram escolhidos:

O BH Shopping, por ser o primeiro shopping de Belo Horizonte e atender a um público bem diversificado. A rodoviária, por se tratar de um espaço que recebe milhares de pessoas diariamente, e ser um espaço de transito. A Praça Sete foi escolhida como não-lugar, apesar de possuir uma história significativa para a nossa cidade - característica de lugar- hoje em dia ela nada mais é que um espaço de transito de pessoas assim com a Galeria Ouvidor, inaugurada em 1963, é o primeiro espaço construído com fim estritamente comercial, sendo assim, já nasceu sendo um não-lugar.

O Mercado Central não foi eleito como não-lugar, pois não se encaixa nas definições de não-lugar, e sim nas definições de lugar, pois segundo Marc Augé, um lugar pode ser definido como identítário, relacional e histórico, quando as pessoas vão ao mercado elas vão em busca de novas experiências, novos sabores, o mercado ao longo dos tempos não perdeu sua identidade ou contrário da Praça Sete que ao longo dos anos foi sendo modificada, incluindo até seu nome, pois antes de se chamar Praça Sete de Setembro em homenagem a independência do Brasil, chama-se Praça Doze de Outubro. Hoje a praça tornou-se apenas um espaço público de referência simbólica, até mesmo no seu nome: Praça, a concepção que temos de praça é se um espaço arborizado, em que as pessoas param e tem um monto de lazer, de troca de experiências, e hoje em dia a Praça Sete, para a maioria das pessoas, nada mais é que um lugar de transito. Para AUGÉ a “supermodernidade” é a produtora dos não lugares, por isso a Praça foi escolhida como não-lugar.

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